Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST

Nem bem o sol tinha começado a dar as caras pela Ilha do Mel e a família López, de Bogotá, na Colômbia, já estava a postos no trapiche de Nova Brasília. Munidos de mochilas, celulares e binóculos, iam desbravar os encantos da avifauna do Litoral. Os pais, apaixonados por pássaros, buscavam ampliar o contato com novas espécies. Os filhos, de 9 e 8 anos, queriam aventura em meio à natureza. Todos saíram satisfeitos depois de mais de duas horas de caminhada e novas paisagens que integraram a primeira edição de 2025 do projeto Passarinhar Paraná, dentro do Verão Maior Paraná.

Coordenada pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), a ação de observação de aves visa o fomento do uso público e do turismo nas Unidades de Conservação (UCs) do Estado, com foco no desenvolvimento socioeconômico e ecoturismo consciente. Além dos López, outras seis pessoas esgotaram as inscrições para ouvir as explicações do ornitólogo Tiago Machado de Souza.

Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST

“Estou há dois dias na Ilha do Mel, mas soube do Passarinhar ainda em Curitiba. Queríamos ver as aves e mostrar para as crianças que existe algo além da praia, uma biodiversidade rica para eles curtirem”, contou a turista Ellie López.

A motivação da bióloga Camile Foltran era outra. Além do conhecimento para a área de atuação, ela buscou conexão com a natureza e sensação de bem-estar ao se inscrever no passeio. “Minha primeira vez, e já percebi que a observação ajuda muito a controlar a ansiedade do dia a dia”, disse.

O Passarinhar Paraná está vinculado ao projeto Parques Paraná, coordenado pela Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, e busca estimular as pessoas a conhecerem a fauna local. Funciona, ainda, como uma estratégia de amparo para a conservação de espécies raras como o beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis) e o gaivotão (Larus dominicanus).

“Abrimos dez vagas e tivemos dez inscrições, o que mostra a vontade de as pessoas se conscientizarem ambientalmente, de conquistar esse olhar mais apurado”, destacou a gerente de Biodiversidade do IAT, Patricia Accioly Calderari da Rosa.

“É algo simples, que não exige muitos cuidados ou técnica. O importante é ouvir e observar os animais, aguçar os sentidos para a natureza. Uma terapia de vida”, acrescenta Tiago Machado de Souza.

Fonte: IAT
Fotos: Denis Ferreira Netto/SEDEST